28/04/08

EU TAMBÉM TIVE UM SONHO!

(clique em cima da imagem para ficar no tamanho ideal)
Uma auto-estrada de Monchique a Portimão!

Esta noite eu tive um sonho criativo. Sonhei com um mapa que me indicava qual o caminho que deveria tomar. E eis que me apareceu pela frente uma extraordinária auto-estrada que substitua a antiga estrada 266. E subitamente todos os meus conterrâneos com quem me cruzava me pareciam mais felizes, nos seus rostos vislumbrava um semblante optimista.

Todos vivíamos, agora, num verdadeiro paraíso, onde a poluição proveniente das suiniculturas há muito que tinha sido erradicada. A água era pura e cristalina em todas as fontes espalhadas pela nossa serra. A promessa não tinha sido uma palavra vã. Foi cumprida integralmente pelo poder político. A cidade mais próxima estava agora a uns escassos 12 minutos onde todos tinham encontrado trabalho efectivo.

Subitamente acordei e vi a ilusão em que tinha mergulhado. Nada se tinha alterado, tudo continuava rigorosamente igual. No início foi assim. A antiga estrada que nos prometeram melhorar continuava com os mesmos constrangimentos, apesar de avultados investimentos ali realizados.

É cada vez mais nítido que nada mudou. Tudo continua com tendência para piorar. São cada vez mais as deficiências detectadas em vários locais do percurso. O piso cada vez mais se afunda em vários locais e mostra o pavimento cada vez mais degradado. Os semáforos, também, não facilitam a vida a quem nela circula.

Alguns dos rostos dos meus conterrâneos continuam sorumbáticos. Afinal vim depois a saber que o trabalho precário e os recibos verdes são apanágio das cidades que os acolhe, onde a maioria da juventude é a mais afectada e onde não lhes restam outra alternativa, viável, para os seus problemas laborais.

Afinal depois de tantas promessas em que o simplex vinha resolver muitos dos nossos problemas burocráticos eis que para resolver um dos muitos problemas que nos aflige, numa simples estrada, continuamos nós os periféricos deste Allgarve, rico, discriminados perante os concelhos mais afortunados em que tudo parece ser resolvido com celeridade.

A nós só nos resta viver acompanhados com o “complex” burocrático do Estado que teima em não nos querer resolver, até, um dos mais simples problemas: uma estrada, acabada, em perfeitas condições de circulação. Será pedir muito?

11 comentários:

Anónimo disse...

As auto-estradas e os automóveis não são progresso, mas retrocesso, atraso estrutural e despesismo que só serve uns quantos. A Noruega, que é um dos países mais ricos do mundo não tem auto-estradas. O Japão desenvolveu-se com o comboio. O progresso são os transportes não poluentes e as bicicletas.
A fama e o prestígio que tem hoje este blog, graças ao seu criador e proprietário, poderia servir para iniciar um fórum e debate para lançar uma candidatura que tirasse o Tuta e os seus lacaios do poder. Lanço-lhe aqui um desafio para que o faça.
Mónica Duarte

Anónimo disse...

Estou de acordo com a senhora Mónica. Monchique até nem precisava de algumas das estradas que tem, como as da Fóia e da Picota. A esses lugares deve-se ir a pé. A estrada de Portimão/ Monchique precisava de ser alargada e ganhar uma pista para peões e ciclistas.
Mara Gomes

Anónimo disse...

eu nao podia de deixar de responder a sra monica e a sra mara,parece que as sras vivem no antes 25abril.porque e que as sras tambem andam de carro?deviam era de ir todos os dias pra foia a pe trabalhar como fazem todos os dias as pessoas que trabalham la.a sra so conhece a noruega?que pena va conhecer outros paises.uma pista para pioes e ciclistas na estrada de portimao?tenha juizo.conhece muitas no pais?ou quer fazer desta estrada em que se vai trabalhar todos os dia numa pista de corridas e de doidinhos?eu nao sou partidario mas gostaria que a sra chamasse lacaio ao tuta etc na sua cara.sabia tambem que no japao as pessoas nao comem a comida,mas sim a engolem ,porque nao teem tempo?arranjem mas e outras soluçoes que essas ja eram.j.m.s

Anónimo disse...

Muitas e boas estradas,sim!
Tempos houve, que todos se queixavam que as nossas estradas eram as piores da Europa. Agora queixam-se, porque temos boas vias de comunicação. Quem é que compreende este povo?
Nós precisamos é que este país se desemvolva, em estradas e em tudo. De atrazo de vida estamos nós fartos.Maria

Anónimo disse...

As senhoras Mónica e Mara já deveriam esperar que aparecessem por aí as vítimas da teoria da conspiração, coitados, que sem o seu “burrinho” (o latinhas) não vão a parte nenhuma. Conheço alguns e algumas que gastam mais de metade do seu orçamento com o carro e nem o largam para ir ao café, por vezes na mesma rua. Vão para Portimão todos os dias (pois Monchique é hoje um dormitório deste cidade) e nem se organizam para ir com outros vizinhos que vão para o mesmo emprego ou trabalho. Preferem a solidão do seu latinhas, pois aí podem verter à vontade as lágrimas das suas frustrações. Dizem que vêm aí as portagens e os estacionamentos caros, que talvez ponham fim às manias e vaidades de muitos e muitas.Obrigado por esste blog.
Rodrigo Vasconcelos

Anónimo disse...

E a gasolina já começa a escassear e a faltar nalguns países, mesmo com os bio carburantes da fome a ajudar, e está a subir todos os dias….
PS

Anónimo disse...

N�o resido e n�o trabalho em Monchique, nem em Portim�o.Mas quero que Monchique e o resto do pa�s se desenvolvam cada vez mais. Com boas estradas e n�o s�.Maria

Anónimo disse...

Ao instalarem essa aberração de semáforos entre Monchique e Portimão, afastaram as localidades uma da outra, já que modernamente as distâncias se medem em tempo. Por exemplo um trabalhador do Porto está á mesma distância de Coimbra que um trabalhador de Almada está de Lisboa, visto gastarem o mesmo tempo em deslocação.

Crameia

Anónimo disse...

O senhor Crameia deveria saber que a vida é curta e o homem não nasceu para andar a correr. A pé ou dentro de uma lata com rodas. Todos os dias morrem em Portugal centenas de pessoas apressadas, que passam a vida a correr e depois têm um enfarte. Dois terços dos portugueses são hipertensos e em risco de vida. Além disso a chamada estrada Portimão/Monchique não é uma estrada, mas uma rua, com pessoas vivendo de um lado e outro, que até têm direito à vida. Mariana Duarte

Anónimo disse...

Uma auto-estrada para quê, se Monchique está em risco de perder a autonomia, depois de ter perdido três quartos da população que já teve. Já se fala que vai ser uma freguesia de Portimão, ficará sem Finanças, sem tribunal, sem registo civil, etc., etc.
Pedro da Silva

Anónimo disse...

Estou perfeitamente de acordo com o depoimento de Senhora, ou menina, Mariana Duarte. Eu também acho que devagar se vai ao longe, talvez me tenha expressado mal: É que eu acho de mau gosto a colocação de somáforos e de bandas sonoras quando existem outros recursos mais discretos de fazer os automobilistas circularem dentro dos limites legais. No entanto continuo a achar que tem de haver pragmatismo e racçionalidade porque talvez a maior parte das pessoas que se desloca entre Monchique e Portimão não vão a passear.


Veja as fotos que se encontram, em baixo, no final do blogue!

Todas as fotos são referentes ao concelho de Monchique!

as mesmas são propriedade deste blogue e do seu autor

as mesmas são propriedade deste blogue e do seu autor