17/06/11

MONCHIQUE VAI TER UMA LOJA DO MEL E DO MEDRONHO!


Com a instalação de um espaço de promoção e venda directa de mel e de aguardente de medronho.

O projecto é das associações APAGARBE-Associação dos Produtores de Aguardente de Medronho do Barlavento Algarvio e APILGARBE-Associação dos Apicultores do Barlavento Algarvio, contando com o apoio da Câmara Municipal de Monchique.

A loja de Mel e do Medronho será instalada no espaço, localizado no Largo dos Chorões, onde funcionou o Espaço Internet, a ser cedido pela Câmara Municipal de Monchique, mediante protocolo com as duas associações.

Os objectivos e finalidades do referido espaço serão os de promoção, divulgação e venda dos produtos Mel e Aguardente de Medronho e seus derivados, sendo admitida a venda de produtos de merchandising associados às respectivas produções, cujas receitas reverterão a favor das associações.

Mediante esta concessão, será facultada a oportunidade aos produtores associados das associações APAGARBE e APILGARBE, de aí colocarem para promoção e venda directa os produtos Mel e Aguardente de Medronho, bem como seus derivados, não sendo admitida a comercialização de produtos que não sejam da sua única e exclusiva produção, excluindo-se a promoção e venda dos mesmos como agentes intermediários.

Os produtos colocados à venda directa obedecerão rigorosamente às normas de higiene, controlo e segurança alimentares, com respeito pelo cumprimento da legislação em vigor para os respectivos produtos no que diz respeito à sua garantia de qualidade para os consumidores finais, sendo apresentados devidamente embalados e rotulados e com marca própria.

A abertura desta loja está prevista para ocorrer durante a primeira quinzena de Julho de 2011.

09/06/11

MONCHIQUE E A SUA AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA!


Trabalhar na Agricultura será assim tão mau?

Com a crise que estamos a atravessar ouvimos cada vez mais insistentemente que muitos dos nossos conterrâneos têm que voltar novamente a trabalhar no campo. Será assim? Monchique sempre foi um concelho predominantemente rural.

Por as pessoas nunca se questionarem sobre os problemas que pudessem surgir, pela ambição desmedida do suposto progresso, é que chegamos até aqui onde os campos foram paulatinamente ficando abandonados e a agricultura deixou de fazer parte do futuro da juventude. Os tempos assim o permitiram.

Os Agricultores quiseram para os seus filhos um futuro melhor. Todos tiveram oportunidade de estudar. Quem é que os pode levar a mal. Agora que deixou de haver emprego, principalmente no Estado para tanto candidato, qual será o seu futuro? Ninguém sabe!

O que sabemos é que trabalhar no campo não é desprestigiante para ninguém. Bem pelo contrário. O trabalho não é fácil, mas entre morar numa cidade e ter que pagar uma casa alugada e não ter trabalho para poder satisfazer essas obrigações contratuais, passando por vezes fome, é bem muito pior do que trabalhar por conta própria na Agricultura mesmo com “vergonha” da sua profissão sabendo que não lhes vai faltar nada com que se alimentar.

Também sabemos que há falta de mão-de-obra para trabalhar na Agricultura principalmente aqui no Algarve e que os empresários têm que recorrer a mão-de-obra de imigrantes principalmente com o crescimento das hortícolas e frutícolas. Pelo menos é o que dizem as pessoas ligadas ao sector.

Também sabemos que é um trabalho com «alguma dureza» mas que gera recursos suficientes para alimentar toda uma família. Também sabemos que em Monchique existe pelo menos um automóvel para cada pessoa, o rácio mais elevado do País, à frente de Miranda do Douro, Oeiras e Lisboa.

Quer isto dizer que os Agricultores em Monchique não ficam assim, em termos monetários, tão atrás de quaisquer outros trabalhadores que possam exercer profissões bem mais lucrativas. Depois disto com a crise que estamos a atravessar volto a perguntar: será assim tão mau ser agricultor em Monchique e em todo o Algarve? Que responda quem souber ou quiser!

08/04/11

AUTARQUIA COMPROU ESTE TERRENO COM ESTAS INSTALAÇÕES ANTIGAS DE PECUÁRIA NO SÍTIO DO SEMEDEIRO EM MONCHIQUE!


Aqui irá nascer no futuro o Centro de Recursos e Protecção Civil!

O Heliporto situado junto ao Descansa Pernas e próximo da escola Escola EB 2,3 de Monchique não oferece as condições de segurança desejadas para este tipo de funções. Monchique situado numa zona florestal de tão grande dimensão é de registar com agrado o esforço que a Câmara Municipal de Monchique está a ter para no futuro aqui implantar o Heliporto e outras estruturas de combate a incêndios.

Poderá também no futuro aqui nascer uma escola de centro de formação de Bombeiros.

Também aqui deverá nascer as instalações apropriadas para receber os militares do grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS) da G.N.R, libertando para outros fins, mais consentâneos com a sua actividade, o hotel MONS CICUS no Belém na estrada da Foia onde anualmente os mesmos ficam alojados na época de incêndios.

Com a desactivação desta antiga pecuária Monchique fica livre desta indústria poluidora que tantos constrangimentos causavam a quem perto dela morava.

03/04/11

PLÁTANOS SITUADOS NO PÉ DA CRUZ!


Árvores classificadas de interesse público pelo Diário do Governo, II Série, nº. 190, de 14 de Agosto de 1993.


O dia 30 de Março de 2011 foi um dos dias escolhidos onde as mesmas foram sujeitas a uma poda que foi considerada, por quem assistiu, profunda onde foram cortadas três árvores junto ao solo. Em sua substituição foram plantadas três árvores de viveiro, para colmatar a perda sofrida, com cerca de 4 m de altura.

Do conjunto das antigas dezassete que compunham a alameda de plátanos restam agora catorze das antigas árvores. Clicando aqui pode ver o vídeo com os trabalhos que foram efectuados o qual lançou uma profunda controvérsia, com o resultado final, entre os defensores acérrimos do nosso património natural!

25/03/11

MONCHIQUE E AS SUAS MARAVILHOSAS PAISAGENS!


Clique em cima da imagem para ampiar. E aqui para ver o vídeo!

Este é um vídeo para todos verem principalmente os que gostam verdadeiramente de Monchique e da sua maravilhosa serra que tanto nos orgulha chamando a atenção para os perigos que ameaça a nossa terra!

16/03/11

BLOGUE MONS CICUS COMEMORA O SEU QUARTO ANIVERSÁRIO!

Clique em cima da imagem para ampliar

Num clima de apreensão quanto ao nosso futuro colectivo devido à crise em que estamos confrontados!

O mesmo tem quatro anos de existência. Começou no dia 16 de Março de 2007. Tem 999 posts publicados. Perdeu o fulgor dos anos anteriores. São poucos os blogues que sobreviveram. Também neste os comentários foram escasseando e as visitas foram diminuindo até que chegou a um patamar que se tem mantido inalterável nos últimos tempos e assim tem continuado.

O que se teria passado para a sua diminuição de visitas e de comentários? A resposta foi facilmente encontrada. Os cibernautas na sua grande maioria transferiram-se para a rede social facebook. O blogue MONS CICUS acompanhou a tendência e transferiu-se de armas e bagagens e inscreveu-se, com o mesmo nome, também para ali estar perto dos seus conterrâneos.

É o que tem estado a fazer e o resultado está à vista de todos os seus amigos. Podem vê-lo clicando aqui mas somente para quem estiver registado no facebook. Se ainda não é membro desta grande família não deixe passar a oportunidade e inscreva-se: Só assim poderá ficar a saber o que se vai passando em Monchique.

No entanto o blogue MONS CICUS continua
, sem pretensiosismos, na procura das novidades e da verdade de tudo o que se passa em Monchique. Não procura benesses e nem a ribalta estando por isso equidistante do poder político como sempre o fez. Vai por isso continuar como sempre, muito embora num ritmo mais lento, em virtude de poder dar mais atenção à sua página no facebook.

17/02/11

XVIII FEIRA DOS ENCHIDOS TRADICIONAIS DE MONCHIQUE!

A mesma realiza-se nos dias 5 e 6 de Março de 2011!

Tem como principal atracção musical Quim Barreiros no dia 5 às 21H00 e 7 Saias no dia 6 de Março às 19h00.

São aos milhares os visitantes que costumam aproveitar a feira para visitar Monchique e saborear a gastronomia serrana. Os restaurantes não têm mãos a medir. Aproveitam ainda e visitam todos os pontos turísticos do concelho, mesmo os mais recônditos, com especial relevo a Foia. Para saber mais sobre a feira clique aqui para dar acesso ao site da autarquia de Monchique onde estão todos os pormenores!

13/02/11

MONCHIQUE NO PASSADO E NO PRESENTE!


Clique em cima das fotos para ampliar

Para quem não conheceu como era a Quinta das Laranjeiras!

Foi aqui na Quinta das Laranjeiras, propriedade comprada pela autarquia, que foi implantada a Escola secundária EB 2,3. Nas duas fotos pode fazer-se a comparação onde verificamos como a paisagem ficou radicalmente mudada. Ao lado onde está implantada as piscinas e o Jardim denominado de Quinta da Vila era outra propriedade.

10/02/11

PELA SEGUNDA VEZ MONCHIQUE CONTESTA EXPLORAÇÃO MINEIRA!

Clique em cima da imagem para saber mais informação!

Não querem ver a Picota com algo parecido como na foto!

Os moradores e proprietários daquela zona ficaram chocados quando viram no Jornal de Monchique de 31 de Janeiro último, o aviso da Direcção Geral de Energia e Geologia, datado de 10 de Janeiro.

Como é possível que isto aconteça sem ninguém ser previamente consultado nem informado? Abrange uma zona extensa que, além de ser habitada, pertence à Rede Natura 2000 e à Rede Ecológica Nacional!Onde existe o sobreiro mais antigo de Portugal! Onde reside a Águia de Bonelli…

Os proprietários e os moradores da zona afectada e circundantes estão preocupados com esta situação e solicitam o apoio da comunicação social. Veja o resto da notícia clicando aqui!

26/01/11

BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DE MONCHIQUE E A CERIMÓNIA DE INAUGURAÇÃO DUMA VIATURA!


As fotos foram gentilmente cedidas por Francisco Encarnação

Duas fotos da inauguração da segunda ambulância dos bombeiros!

Em Monchique nos anos cinquenta mais concretamente em 1959 viviam-se tempos áureos em que a sua população participava de todos os acontecimentos que diziam respeito à sua Associação. O mesmo comparecia em massa sempre que para isso era solicitado.

Nas imagens aqui documentadas pode ver-se a cerimónia de inauguração levada a efeito onde estavam presentes vários convidados de corporações vizinhas amigas. Na segunda foto vemos em primeiro plano o Presidente da direcção Mário Mira e o prior da paróquia de Monchique Francisco Jorge de Melo e outros convidados não identificados. O Povo assistia com agrado à cerimónia.

Vivia-se o tempo do voluntarismo generoso. Esta ambulância foi comprada com as dádivas oferecidas pelo povo. O voluntarismo e a amizade nos bombeiros prevaleciam como um bom sólido meio de integração social constituindo um dos melhores valores para se conseguir obter uma sociedade mais solidária e coesa.

Actualmente nos bombeiros os tempos já não são como eram no passado. Os bombeiros com as receitas que arrecadam já não conseguem fazer face aos encargos, sempre certos, que se foram criando ao longo dos anos depois do 25 de Abril para que os Bombeiros prestassem um melhor serviço às populações.

Mas tal como acontece no País a crise parece ter chegado aos bombeiros de Monchique. A sua nova direcção eleita no dia 1 de Março de 2010 encontra-se demissionária. O futuro é agora uma incógnita que só o tempo parece vir a resolver. É o que faz Portugal ter-se tornado"um país de subsídio-dependentes".

UM VERDADEIRO ARTESÃO DE CADEIRAS DE TESOURAS EM PLENA ACTIVIDADE!


Era assim que eram feitas as cadeiras de tesoura!

Hoje o tempo é outro onde existe todo o tipo de máquinas, cada uma mais sofisticada que a outra, que podem ser colocadas ao serviço dos poucos artesões que ainda fabricam as cadeiras de tesoura em Monchique!

Para se construir uma cadeira eram necessárias várias ferramentas, as quais, a maioria, não é conhecida de grande parte do público, como por exemplo: rebote, arco de pua, cepilhe, garlopa, plaina, junteira, lima, formão, badame, serra, serra de rodear, compasso, guilherme, furador, prensa, martelo, maço, graminho, grosa e raspador. Hoje, algumas, já estão caídas em desuso.


Todos estes nomes me são familiares. Não admira sou filho do homem que se encontra na foto e que mais tempo de vida dedicou às cadeiras de tesoura, trabalhando incansavelmente de dia e de noite pelo grande amor que tinha à sua profissão, o qual muito deu de si próprio, contribuindo para o seu grande prestígio e engrandecimento.

A origem do modelo destas peças pensa-se que remonta à época romana. A madeira mais utilizada presentemente é o amieiro mas em tempos também se utilizava a madeira de acácia e o castanho e outras mais, que entretanto foi caindo em desuso devido ao seu peso, e ao custo que implica, de as mesmas serem transportadas de avião por parte dos turistas que vivem no estrangeiro. São estes os que mais compram as cadeiras de tesoura.

A cadeira de tesoura é hoje um dos símbolos consolidados do artesanato de Monchique e consequentemente do artesanato Algarvio. As cadeiras de tesoura são resumidamente bancos em madeira, com um desenho que faz lembrar uma tesoura, daí o seu nome.

A cadeira articula-se em torno de um eixo de arame colocado no interior de várias peças de madeira que constitui a sua estrutura e que se move como lâminas de tesoura, quando esta abre e fecha.

Tornaram-se por serem únicas no mundo, um ex-líbris da nossa zona, reconhecidas mundialmente como sendo tipicamente um produto genuinamente de Monchique. E assim deve continuar… mas agora com outros protagonistas para o engrandecimento e prestígio da nossa terra.

24/01/11

CONVENTO DA NOSSA SENHORA DO DESTERRO NA VILA DE MONCHIQUE!


As fotos da nossa frustração e desencantamento!

Com estas fotos pode ver-se o convento no interior e exterior e toda a área envolvente até à fonte dos passarinhos, ou do que resta dela, onde se avista, privilegiadamente, a parte mais significativa da nossa Vila de Monchique.

Vamos assim assistindo impotentes, ano após ano, sem nada podermos fazer para que a sua reabilitação seja uma realidade. O mesmo a degradar-se, como tem acontecido, já não falta muito para a sua total derrocada.

Projecto já houve mas foi metido na gaveta. Um sonho que não passou disso mesmo. Pode ver-se no final do álbum duas fotos da maqueta que foi mandada elaborar pela Autarquia para a reabilitação do convento.

Este é um álbum de fotos para ficar para a história de Monchique. Convém guardar para mais tarde recordar. Uma oferta para todos os conterrâneos e amigos de Monchique do autor desta página do facebook. Se está inscrito basta clicar aqui para ver as fotos. Se não está inscreva-se para poder ver!

19/01/11

RUA DO REVEZ QUENTE NO PASSADO E NO PRESENTE!


Clique em cima das imagens para ampliar
A rua neste local apresentava este aspecto nos anos cinquenta!

Nos anos cinquenta tal como em muitas outras ruas de Monchique as mesmas foram urbanisticamente se modificando. Esta foto antiga é a demonstração disso mesmo. Só os mais antigos reconhecem como era a Rua do Revez Quente no passado. Na foto actual pode fazer-se a comparação, entre o passado e o presente, nesta rua próximo à outrora denominada Casa do Povo para se constatar como Monchique mudou nas últimas décadas.

13/01/11

AVENIDA DO PÉ DA CRUZ NO PRESENTE E NO PASSADO!


Como Monchique se tem modificado ao longo dos anos!

Estas duas fotos são a prova sintomática como as Vilas evoluem mesmo que seja a um ritmo mais lento, devido à sua interioridade e à falta de interesse por parte dos grandes investidores.

O que resta do passado são os seus dezassete imponentes plátanos, hybrida brot, que constituem a velha avenida do Pé da Cruz, outrora assim denominada, estando nove do lado direito e oito do lado esquerdo.

A foto antiga retrata-nos o dia em que a neve caiu em Monchique sobre os seus velhos plátanos, dos quais se desconhece a idade, provavelmente no dia 2 de Fevereiro de 1954, ano em que caiu um forte nevão que também cobriu grande parte do Algarve.

Na foto actual existem duas bombas de combustíveis. Uma no lado esquerdo e outra no lado direito, de petrolíferas diferentes, assim como os novos prédios urbanos envolventes os quais vieram alterar a paisagem.

Os plátanos foram classificados de interesse público pelo Diário do Governo II Série, nº. 190, de 14 de Agosto de 1993.

11/01/11

SÁ CARNEIRO EM MONCHIQUE EM CAMPANHA ELEITORAL!


Como foram as campanhas eleitorais no passado!

Foi no Verão quente de 1975 que Sá Carneiro visitou Monchique, onde fez um comício no Largo dos Chorões. Visitou depois o Mirante de onde falou aos seus apoiantes. Vivia-se então o PREC (Processo Revolucionário em Curso).

Foi um período muito conturbado da Sociedade Portuguesa, que se seguiu à Revolução dos Cravos. Foi entre Março e Novembro de 1975 que decorreu a maior agitação social. Monchique viveu intensamente esse período.

A sul do Tejo o PPD começava a dar os primeiros passos para se implementar como grande partido a nível nacional, depois do 25 de Abril. No Alentejo foi em Ourique a primeira Autarquia conquistada. No Algarve Monchique foi a pioneira.

A população de Monchique a seguir ao 25 de Abril era tendencialmente Social-democrata. O município de Monchique foi governado pelo PPD até 1982. Dentro do partido formaram-se várias forças com interesses divergentes que levaram à sua derrota por escassos votos.

O Partido socialista começou a governar a Autarquia a partir dessa data sempre com o mesmo presidente e em maioria absoluta. Esteve no poder 27 anos. O partido social-democrata voltou de novo a ganhar nas últimas eleições autárquicas mas também por apenas 67 votos. O PSD ficou em minoria na Assembleia Municipal. O novo Presidente tomou posse no dia 2 de Novembro de 2009.

06/01/11

VISTA PARCIAL DO ANTIGO LARGO DOS CHORÕES NO PASSADO E NO PRESENTE!


Como o Largo mudou nos últimos 35 anos!

Nestas duas fotos pode-se fazer a comparação como era o Largo no passado e como é no presente. As casas que se encontravam no lado esquerdo na subida para a Foia, na Rua Eng.º Duarte Pacheco, foram demolidas e nesse local criou-se um arranjo urbanístico de bonito efeito.

A circulação automóvel deixou de fazer-se no sentido descendente junto ao muro de pedra em direcção à Rua Serpa Pinto e no seu lugar nasceu um espaço de lazer e convívio social.

As casas do lado esquerdo, na foto antiga, foram todas demolidas e a estrada passou a ter um único sentido. Ficou o assim o Largo com outras dimensões e mais aprazível para se poder conviver com todos os cidadãos que fazem do Largo a sala mais visitada da nossa bonita Vila.

04/01/11

COLÉGIO DE SANTA CATARINA EM MONCHIQUE. A ÚLTIMA RECORDAÇÃO DUM ENSINO COM QUALIDADE!


Encontrava-se neste estado em 9 de Junho de 2000, quando foi tirada esta foto.

Depois de ter sido um símbolo de educação e ensino em Monchique, e em todo o Algarve, onde se praticava o internato, semi-internato, e externato. As melhores famílias do Algarve e também do Baixo Alentejo, mais abastadas, mandavam para aqui as suas filhas, fruto do prestígio que o mesmo conquistara.

Era um orgulho para a nossa Vila de Monchique, em que os momentos da sua rica história passaram por várias vicissitudes, fruto dos tempos de dificuldade em que o nosso País, sempre, foi confrontado. Desconhece-se os termos legais e as datas precisas em que o mesmo foi obtido. Sabe-se apenas que o edifício foi doado em testamento pelo Sr. José Mascarenhas Pacheco, após a sua morte em 4 de Maio de 1926, com o fim declarado de ali ser instalado um colégio para educação de meninas, em regime de internato.

Começou assim a sua história, a qual foi resistindo estoicamente, durante muitos anos, sempre em luta pela promoção cultural e por um ensino de qualidade. A partir de 1954 os seus métodos de ensino, assim como as freiras que nele trabalhavam, foram transferidos para Faro por estarem ligados à diocese, sem que ninguém, determinantemente a isso, se opusesse. Começou assim uma nova fase, só externato, com nova gerência e outros professores, o que motivou o seu lento declínio que resistiu, galhardamente, até 1974.

Com a chegada do período revolucionário foi o culminar da degradação. Resistiu poucos anos, agora como ensino oficial, passando a chamar-se Escola D. Pedro da Silva, em homenagem ao fundador do Convento da Nossa Senhora do Desterro. O mesmo Convento que também está em vias de ruir completamente.

Cada vez mais degradado, impôs-se o abandono daquele espaço, tendo sido transferido para uma escola improvisada no Largo de S. Sebastião, em barracões pré-fabricados, até ser construída a escola secundária EB 2,3, na antiga Quinta das Laranjeiras, em frente aos Bombeiros.

O velho casario a precisar de obras, mas votado ao completo abandono, acabou por ser vendido pela diocese a um particular. Acabou nas mãos duma instituição bancária, que por sua vez o vendeu à Autarquia, assim como o hotel Mons Cicus.

Finalmente, aparecera um tão inesperado salvador: a Autarquia, com outro poder económico. Pensou-se que a intenção era reabilitar o velho edifício, que era um orgulho para todos os Monchiquenses.

Depressa a esperança deu lugar à maior desilusão. Num dia que não interessa recordar, e sem que ninguém o adivinhasse, o mesmo acabou por sucumbir, por ordem de um dos seus ilustres alunos, que tem o poder de decidir.

Ironias do destino!

Que ao menos a sua memória seja para sempre recordada!

03/01/11

A JANELA DA SAUDADE NAS CALDAS DE MONCHIQUE!

A Janela da saudade das Caldas de Monchique. O que é feito dela?

A saudade é portuguesa, já muita gente o disse, e, pensa-se que a mesma se tenha formado com a influência de fenícios, de romanos, de godos e de mouros, que por este país andaram a senhorear. O que ela é, sentimo-la todos nós, mas às vezes mal a sabemos exprimir.

O poeta José de Steive tentou explicá-la da seguinte maneira: Imaginem a mistura de tédio, da dor, do remorso., e da alegria, uma gota dessa mistura é a saudade. Será? É uma gota (que se é muita passa da saudade a paixão). É alegria de ainda poder recordar. É remorso de não ter vivido melhor o momento saudoso. E é tédio e dor, a dor e o tédio que vem do cansaço de um momento que jamais renascerá.

Os portugueses levaram a saudade a todos os cantos do mundo, andou pela África, criou raízes no Brasil, e ficou pela Índia. Ter saudades de alguma coisa, ou de alguém, é quase como andar em busca de algo que ficou para trás, mas que se deseja ardentemente possuir ou reencontrar, e, quando as saudades são duradoiras o espírito adoece.

Em Portugal, num cantinho chamado Caldas de Monchique (Algarve) lugar paradisíaco onde a natureza foi pródiga e até hoje os homens inteligentes não destruíram aquilo que ela, com tanta arte, criou, lugar sobejamente conhecido, com a sua estância termal bastante remota, tendo D. João II usado as suas águas para tratamento da doença de que sofria (uremia), neste local existia, no principio do século, a “Janela da Saudade”.

Tentei investigar mas não consegui saber a origem deste facto. Quem sabe…se não terá sido algum amor que se finou, e que, aliado à saudade, ficou a janela como cenário.

Texto de: Maria da Glória Duarte Vieira (Odiáxere-Lagos).

Veja as fotos que se encontram, em baixo, no final do blogue!

Todas as fotos são referentes ao concelho de Monchique!

as mesmas são propriedade deste blogue e do seu autor

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