10/04/07

REGIONALIZAÇÃO PARA O ALGARVE E PARA TODO O PAÍS!

(clique em cima da foto para ampliar)
Chegou a hora de dizer basta!

Mendes Bota, do P.S.D, Algarvio de "gema", e um regionalista convicto, é uma das mais de cem individualidades que estão a impulsionar o movimento cívico «Regiões sim». A escritura pública do movimento vai ser constituída no próximo dia 26 de Abril em Coimbra.

A Regionalização com base nas cinco regiões-plano é a mais pacífica, a melhor definida, a mais adequada às necessidades do País e já com algumas estruturas essenciais: São elas a região Norte, a região Centro, a região Lisboa e vale do Tejo, a região Alentejo e a região Algarve.

A regionalização foi a referendo no primeiro governo de António Guterres, sendo chumbada. É bom não esquecer que foi o professor Marcelo Rebelo de Sousa e também o doutor Mario Soares que não gostavam de redistribuir o governo a partir de Lisboa. Mas as dúvidas que eles realçaram, estenderam-se a todos os Portugueses. Todos tinham dúvidas, como avançar com partidos, ou com alguns políticos (dos mesmos partidos) que já projectavam um reforço do seu poder a nível regional. Muitos Portugueses só de pensar que era “uma regionalização” decalcada pelas regras vigentes, ao serviço de clientelas oportunistas, criadora de empregos para os “boys”, sem concursos prévios, ficaram com insónias.

A esmagadora maioria dos portugueses ao votar no último referendo com um significativo não, tinham a noção que a regionalização iria dividir o País, em pequenos feudos, e que não havia necessidade por o mesmo se encontrar coeso, e sem problemas linguísticos, ou de etnias ou até de bairrismos.
Porque também havia o perigo de se estar a criar caciques locais, que iriam alimentar centenas de lugares de potenciais cargos, muito bem remunerados, mas que não iriam produzir nada, antes iriam “comer” à conta do que se produzia.

Tem sido o governo de José Sócrates e o seu protagonismo, que voltou a acordar os Portugueses para a necessidade da Regionalização. Porque só a Regionalização pode criar a força endógena para deixar de prestar vassalagem ao mundo político da capital, por isso os Portugueses já vão começando a acreditar que a regionalização é o único meio de poder travar a desertificação do país. Porque está mais que provado que uma Administração Central, burocrática, não compreende os problemas de cada região e dos seus residentes. Os Portugueses não compreendem como pode um governo encerrar serviços como os SAP, maternidades, escolas, tribunais, finanças, destruir o ensino público.

É por isso que os Algarvios estão despontados e querem dizer basta! Só havendo um referendo à regionalização, podem mostrar no silêncio do seu voto como podem optar seriamente pela sua verdadeira autonomia, porque muita coisa vai ter de mudar e para melhor. Não se pode estar à espera que um ministro, nos queira dar uma “esmola” e por isso os algarvios desconfiam do poder Central, mesmo que tenham as melhores das intenções e por isso já ficaram a perceber que o Algarve lhes é mal agradecido, mesmo vindo com intenções positivas. A história do Allgarve, com dois LL, é a melhor prova que os algarvios deixaram de acreditar no Poder Central.

Por isso, mais uma vez é preciso estar atento às forças conservadoras que tudo farão, utilizando “falinhas mansas”encapotadas em discursos bem arquitectados de elevada sagacidade, para que as regiões não se criem. Isto já para não falar nos ultra-nacionalistas, que sempre recearam e combaterem o regionalismo em nome de uma hipotética e imaginária ”desintegração nacional” e de patriotismo balofo. Porque também o conservadorismo de Lisboa quererá sempre manter-se, porque para eles o poder emanado do Terreiro do Paço e da capital é aquele que melhor serve o País.

Porque os gastos da regionalização tem custos, é preciso poupar em S. Bento, tantos deputados como ministros secretários de estado e respectivos adjuntos e assessores. E quem sabe, deixar de fazer…mais uma ponte em Lisboa. Porque é demasiado evidente, que entre um poder Central e um Local, falta um poder Regional.

Porque agora começo a acreditar na força das Regiões, e na sua força endógena, deixando de prestar vassalagem ao mundo político da capital, são elas que vão transportar o caminho da modernidade.
Então se fazemos parte da comunidade, vamos ser europeus. O tempo exige. Porque todos queremos modernizar e democratizar ainda mais este nosso velho continente, que se chama Europa.

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